História
O Centro de Tradições Gaúchas CTG Laço Velho foi fundado em 29 de agosto de 1957 tem seu registro no MTG sob o nº 0088 e faz parte da 11ª Região Tradicionalista Gaúcha. Graças aos grandes feitos para a comunidade bento-gonçalvense, em 24 de janeiro de 1964 foi tornado utilidade pública, conforme Decreto Municipal nº 1498.
Em 1959 foi inaugurado o primeiro galpão do CTG, à Rua Saldanha Marinho, no centro de Bento Gonçalves. Alguns anos mais tarde, o CTG foi transferido para uma nova sede, cedida pelo Governo do Estado, onde hoje é a Praça Centenário.
Na década de 1970, o Laço Velho passou manter suas atividades em sua sede própria, local privilegiado de nossa cidade, situado na Rua 15 de Novembro, 125 Bairro Planalto, Cidade de Bento Gonçalves/RS, onde está até hoje!

Como nasceu o Centro de Tradições Gaúchas Laço Velho
No antigo Bar da Bolsa, todas as tardes, era ponto de encontro de um grupo de amigos para uma caipirinha. Um dia entrou o amigo Homero Borges Vieira (já falecido) pilchado de gaúcho e participou da roda.
Entre um assunto e outro, surgiu a ideia de fundarem um CTG, pois eram todos apaixonados por pingos, cuscos, lides campeiras, música e cozinha gaúcha.
Faziam parte do grupo, Édes More, Alexandre Fragoso, Milton Trigo Álvares, Milton Souza e Brazil Flores Machado. A cada encontro eram incorporados novos participantes, como Célio Fontoura (Tenório) e Osvaldo Guerra, Mauro Spader, Arnóbrio Frota, Roberto Vargas Ross, Plínio Fasolo, Nei Antonio Zardo, sendo este de menor (13 anos) não o deixaram assinar a ata de fundação.
O entusiasmo crescia e foi convocada uma reunião no Clube Aliança, neste dia juntaram-se o senhor Nilo Carraro e o Dionísio Pasquotto.
Após as tratativas decidiu-se em fundar um Centro de Tradições Gaúchas, o nome de CTG Laço Velho foi inspirado na poesia de Syro Alves Gavião com este título e sua fundação ocorreu em 29 de agosto de 1957.
Teve como sede o antigo Corinthians, localizado na Sociedade Bochófila, nos fundos da loja Tolotti da Saldanha Marinho, o Primeiro aniversário ocorreu nos salões do Clube Corinthians (o velho casarão, que antes foi a primeira sede do Clube Aliança). Mais tarde foi para a antiga sede do DAER, onde hoje é a Praça Centenário.
Nos idos de 1980, o CTG foi transferido para onde é sua sede atual. Nesta área, conquistada na 1ª administração de Darcy Pozza, foi construído o Galpão com a madeira do antigo escritório do DAER, graças a uma decisão do governador Valter Perachi de Barcelos.
Em 1990 foi inaugurada a atual Casa Grande, durante a gestão do patrão Irani Bertolini. O CTG, com muita ênfase, tem mantido invernadas artísticas, Pré-Mirim, Mirim, Juvenil, Adulta e Xiru, com elogiável equipe de instrutores, monitores e animação de um vocal e instrumental gabaritado até mesmo para animar festas e bailes, caso queiram fazê-lo.
A Entidade mantém uma invernada campeira atuante, privilegiada a usufruir uma invejável sede Campestre, localizada na Linha São Miguel, Distrito de São Pedro, e tem constituído uma Cancha de Laço iluminada e com toda a infraestrutura necessária para funcionar.
Por Álvaro Machado de Mesquita
O nome do nosso CTG foi inspirado na poesia Syro Alves Gavião
MEU LAÇO
Argola presa na ilhapa,
Meu laço de couro cru, |
Eu quebro o cacho do pingo E te penduro pachola; Debochado, a bate-cola, Nas ancas do meu picaço. Tenho confiança no braço, Quando, no ar, te “penero”… Se espanta até quero-quero, Vendo-te, assim, no espaço.Mais tarde, quando eu morrer, Velho traste de galpão; Ao para o coração Que tão alegre, hoje, soa, LAÇO VELHO, guasca a-toa, Eu te quero enrodilhado, No meu caixão de finado, Fazendo vez de coroa. SYRO ALVES GAVIÃO |
O CTG Laço Velho participou do 3º Cante e Encante seu CTG, festival de música realizado pelo MTG, tendo representantes de todo estado.
O trabalho “LAÇO VELHO DE MAGIAS”, com letra de Pedro Júnior da Fontoura, e composição musical de Jorge Luiz de Oliveira, foi defendida no festival pelos próprios autores e pelo Grupo Tamoeiro, nas pessoas Ezequiel Wagner De Toni, Jóse Roberto De Oliveira, Natan Sfredo, Alexandre Leal, e Gilson Rigo com a participação especial de Altair Fernandes (Feijão) no pandeiro.
O trabalho recebeu o 2º Lugar do certame que em breve, estará lançando o CD alusivo ao festival.
Uma preocupação do grupo que nos representou, foi quanto à indumentária, eles resgataram os usos e costumes dos tropeiros birivas que habitavam os campos de cima da serra.
LAÇO VELHO DE MAGIAS |
Recitado: Sou Laço Velho campeiro Abraço o Rio Grande inteiro O litorâneo, o missioneiro, Planalto e o Índio Guarani Com todos me “hermano” Na minha pátria nativa Pois tenho a alma biriva Eu sou Gaúcho Serrano Num galope de saudade Laço Velho de encantos |
A cultura regional Tranca o pé na tradição Entidade fraternal Mescla vinho e chimarrão Orgulho xucro da serra Cartão postal desta Terra Cravado no coração.Depois de andar tão distante Vejo que aqui é meu lar Laço Velho das tertúlias Inspiração pro cantar Gauchesco e italiano Eu contigo me “hermano” Com mil razões pra te amar. Letra: Pedro Junior da Fontoura |